quinta-feira, janeiro 17, 2008

Dia Mundial da Religião #3

O FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO
O fundamentalismo religioso está presente em todas as religiões, durante todas as épocas da história da humanidade. Os Fundamentalistas são os mais conservadores e obstinados seguidores de uma religião. O Fundamentalista acredita em seus dogmas como verdade absoluta, indiscutível. Por este motivo, o fundamentalismo religioso revela-se como uma fonte de intolerância, na qual o outro é analisado como uma ameaça, um símbolo do mal. O fundamentalismo religioso não se identifica apenas com uma religião, encontrando-se entre os diversos seguidores, sejam eles crentes do Islamismo, do Judaísmo ou do Cristianismo.
Alguns exemplos:
CRUZADAS - Movimentos militares, de carácter parcialmente cristão, que partiram da Europa Ocidental e cujo objectivo era colocar a Terra Santa (nome pelo qual os cristãos denominavam a Palestina) e a cidade de Jerusalém sob a soberania dos cristãos. Estes movimentos estenderam-se entre os séculos XI e XIII, época em que a Palestina estava sob controle dos turcos muçulmanos. Os ricos e poderosos cavaleiros da Ordem de São João de Jerusalém (Hospitalários) e dos Cavaleiros Templários foram criados pelas Cruzadas.

INQUISIÇÃO - A Inquisição foi um tribunal eclesiástico destinado a defender a fé católica: vigiava, perseguia e condenava todos aqueles que fossem suspeitos de praticar outras religiões que não a católica. Exercia também uma severa vigilância sobre o comportamento moral dos fiéis, censurava a produção cultural e resistia fortemente a todas as inovações científicas. A Igreja receava que as ideias inovadoras conduzissem os crentes à dúvida religiosa e à contestação da autoridade do Papa.

JIHAD - Guerra religiosa travada contra os inimigos do Islão. Associada ao terrorismo islâmico defende uma revolução islâmica armada e a expulsão de milícias e empresas ocidentais de todos os países muçulmanos. Actos terroristas clássicos incluem os ataques de 11 de Setembro de 2001 quando foram destruídas as torres gêmeas em Nova Iorque.

A Al Qaida é mais conhecido grupo terrorista, responsável por um grande número de ataques violentos contra civis, alvos militares e instituições comerciais pelo mundo.Para além dos ataques de 11 de Setembro de 2001 ao World Trade Center em Nova Iorque e ao Pentágono em Washington, crê-se que a Al Qaida esteve envolvida nos seguintes ataques: embaixada americana em Nairobi, Quénia, em 7 de agosto de 1998; embaixada americana em Dar es Salaam, Tanzânia, também em 7 de agosto de 1998; bombardeiro USS Cole, atracado no Iêmen, em 12 de outubro de 2000; ataques no Metro de Londres, em 7 de julho de 2005.

Talibãns - movimento islamita nacionalista da etnia afegã pashtu, que governou o Afeganistão entre 1996 e 2001. Taliban significa "aqueles que estudam o livro" ou seja, o Alcorão. Actividades proibidas no Afeganistão durante o regime do taliban: leitura de alguns livros; usar câmera de video sem licença; cinema, televisão, uso de cassetes de video (considerados decadentes e promotores de ideias não-muçulmanas); uso de Internet; música; uso obrigatório de roupa que cobrisse todo o corpo para as mulheres; aparição de mulheres em fotografias ou na televisão; fotografar mulheres; previsão do tempo; Artes (pinturas, estátuas e esculturas de outras religiões). Os talibans aboliram todas as formas de televisão, imagens, artes e desporto. Usar sapatos brancos - a cor afegã - era proibido, e os homens eram obrigados a usar barbas longas.O regime taliban impedia as mulheres de trabalhar e tinha regras rígidas sobre a educação feminina. Em alguns casos, as mulheres eram impedidas de terem acesso a hospitais públicos para que não fossem tratadas por médicos ou enfermeiros homens. As mulheres não podiam sair de casa sem acompanhantes homens, e saiam somente pela porta de trás do autocarro. As mulheres que eram viúvas ou que não possuiam filhos eram consideradas não-pessoas pelo Estado e muitas vezes enfrentavam a fome.Em março de 2001 o regime taliban taliban ordenou a destruição de duas gigantescas estátuas de Buda em Bamiyan, uma de 38 metros de altura e 1800 anos de idade, e outra com 52 metros de altura e 1500 anos de idade. O acto foi condenado pela UNESCO.

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