terça-feira, dezembro 09, 2008

Bom Natal, Pai Natal

Olá meninos, vocês já devem conhecer-me: chamo-me Rudolfa e sou uma das renas do trenó do Pai Natal.
Bom dia, eu chamo-me Thor e sou carteiro. Talvez tenha uma carta para vocês...
Estou aqui para vos contar a minha história. Para alguns será apenas mais uma história de Natal, para outros será uma história muito verdadeira.
Conheci muita gente enquanto fui carteiro. Um dos meus amigos foi Hans Christian Anderson. Mas um dia o Hans partiu para Copenhaga.
Eu já estava muito cansado de entregar cartas e as minhas pernas estavam gastas de tanto caminhar na neve fria. Comecei a atrasar-me nas minhas entregas e as pessoas começaram a protestar. - Então Thor, outra vez atrasado? - diziam elas.
Fiquei muito doente. Um dia, na minha cama, quando via chegar ao fim a vida de um pobre carteiro, recebi uma visita. Era uma mulher e os seus olhos tinham uma luz muito brilhante. -Quem és tu ? - perguntei . - Sou a Fada do Inverno. Foi o Hans Christiam que me enviou e venho propôr-te que te tornes Pai Natal.
Pensei que estava a delirar com a febre mas a Fada do Inverno pediu-me que contasse até dez e depois passou-me a mão pela testa. A sua mão deixou um rasto de luz brilhante e mágica.
Eu era agora um Pai Natal, de fato de flanela macia e gorro vermelho na cabeça.
Sentia-me forte e capaz de distribuir presentes por todos os menionos do mundo, transportado no trenó, puxado pelas renas.
Tive que aprender muitas linguas para poder perceber todos os pedidos e vi muita coisa ao longo de todos estes anos. Vi aparecerem os carros, os barcos, os aviões. Vi a paz. E a guerra, que me deixa muito triste. As renas perguntam-me: - Porque estás triste Pai Natal ? - Não é nada, é de todo este fumo que me faz arder os olhos, é da poluição. - Ah, parece que oiço o meu telefone a tocar. É o Hans. - Olá Hans, obrigado. Bom Natal para ti também. Sim, logo à noite passarei pela tua casa. Se ouvires campainhas a tocar já sabes, sou eu que estou a chegar. Adeus Hans, até logo. Agora tenho de ir amigos, já conhecem a minha história. Tenho de ir preparar os presentes. Adeus.

Adaptação da obra "Bom Natal, Pai Natal", de José Jorge Letria.



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